domingo, 11 de maio de 2008

Civilização

Uma mescla de indultos, papalvos e indigentes evoluem permanentemente para ocupar o patamar mais elevado da sociedade. Resta a nossa dignidade, a nossa confiança para lidar com o desrespeito ético e moral que é levado com a inconsideração e leviandade pelo comum dos cidadãos. Faltam martelos e estacas, faltam culatras e caçadeiras, faltam lutas e manifestações com o intuito de evitar a catacumba da nossa civilização.
É necessário abordar o Homem numa perspectiva diferente. A unidimensionalidade em que os cidadãos mergulharam chegou a um dos pontos mais críticos. O combate ainda está na mão do ser humano. No entanto, combatemos numa frente que não controlamos, mas que ajudámos a criar: a Natureza. Para além disto, confrontamo-nos com uma crise valorativa que não tem capacidade para detectar o problema. Será assim tão complicado?
Tenho reparado ao longo dos meus “pensamentos civilizacionais” que nós não funcionamos como seres humanos, mas como máquinas inseridas e controladas num impetuoso e magnificente sistema burocrático. Impedindo-nos de agir de acordo com os nossos princípios. Se os nossos princípios colocarem em causa de qualquer forma toda este sistema, somos fortemente castigados. Não nos abordam como gente.
Deixam-nos fatigados através do trabalho. Trabalho esse com o objectivo de enriquecer o Estado e a Civilização. Deixam-nos apavorados pela quantidade de notícias horrendas que passam diariamente nos “mass media”. Ocultam-nos a verdade através de campanhas mentirosas e exclusivamente propagandistas.
Amedrontar as pessoas, criando inimigos inexistentes, é uma boa forma de controlar a população. O medo é inimigo da acção. O objectivo subjacente a estas iniciativas é de criar um espírito de união em torno do Estado. O único capaz de salvar a nação.
Mas então que Estado é que queremos? Um Estado que propagande o sentimento do medo? Um Estado que falte à verdade?
É urgente abrir os olhos para a civilização Técnica Ocidental. É urgente colocar um ponto final neste constante retrocesso. É urgente expandir verdadeiramente a cultura e o saber. É urgente tomar posição, é urgente agir.
Se não foste educado desta forma, educa-te.

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