terça-feira, 18 de março de 2008

Obriga-te

Obriga-te, abre a tua mão deixa-me entrar. Vou-te perseguir até tudo me doer, quando te encontrar ficarei feliz. Persegue-me também por favor, não me deixes sozinho. Poderei não ser capaz. Acreditamos um no outro, o que é que pode falhar? Sabes que por vezes uma simples palavra, por mais singela que seja, basta. Mas neste caso não precisas de dizer nada. Eu sinto, sinto como nunca senti. Uma dor fulminante no meu peito, um nervoso miudinho, fico logo sem apetite. Só me apetece deitar e ficar a imaginar o momento. Aquele momento, aquele, tu sabes. Quando finalmente estiver ao teu lado, a sentir a tua respiração, a ouvir as tuas doces palavras, preenchendo devagar aquilo que falta em mim. Tanto que nem imaginas.
Obriga-te, abre a porta e deixa-me entrar. Prometo que nunca hei-de forçar a fechadura, que nunca espreitarei, que o meu lugar é ao pé de ti. Corri tanto, demais. No fim a estrada parecia cambalear, sentei-me. Senti-me artificial, quente, dorido. Com vontade de beber um copo de água como se fosse a ultima coisa neste mundo. Por fim, levantei-me, nada conseguirá retirar-me do caminho que vagueio sem saber. Vá lá abre a tua porta, por favor.

Obriguei-me, vou esperar por ti até quando for tarde demais.

4 comentários:

Catarina disse...

Lindo mesmo!

Adorei =D

Tens jeito pá coisa Sisi xD

I na digas q não, mas andas muito romantico xD
ahahah

Continua =d

Raquel Costa disse...

quando queremos realmente algo, superamo-nos e obrigamo-nos a ser e a fazer, o que não pensávamos ser alguma vez possível.
Mas é assim que as utopias deixam de o ser...

Escreves tão bem,
continua com o bom trabalho :)

beijinho

Luisa Oliveira disse...

Sim sim Silva, andas muito romântico xD

Estás farto de saber a minha opinião - está muito muito bonito. E concordo com a Raquel.

Pastel de Nata disse...

é impossivel alguém nao gostar dos textos, escreves mesmo bem silva.
parabens