segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O Novelo

São recordações que me comovem
Como fios torcidos d’um novelo que se descosem
São lágrimas que deslizam
Com lembranças desgarradas que avisam
Quão solta anda esta mente jovem

Inúteis e supérfluas não serão de certeza
Colocadas por ordem de tristeza
As histórias passadas e vividas
Que deixaram marcas e dívidas
Num corpo imbuído em firmeza

Depois a vida vai passando
Mas as feridas vão ficando
Como cortes de navalha
Numa turbulenta e fatal batalha

Quanta melancolia tem o meu sorriso?
Ao tratar o passado que friso?
O novelo entorna-se e rebola quieto
E fico sem resposta a olhar o tecto