quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Quem Fez De Nós?

Quem fez de nós?
Quem criou tudo?
Quem deu e nada recebeu?
Quem fez levantar e permaneceu sentado?
Quem abriu os nosso olhos?
Quem iluminou e pintou?
Quem escreveu tudo sem ter escrito?
Quem manipulou o universo?
Quem começou a remar?
Quem construiu a canoa?
Quem fez de nós?

O outro quieto e eu a olhar
O único que via e resolvi não contar
Podia ser ilusão e não quis acreditar
Da vida até a morte um longo caminho
Por isso vou sozinho
Se me faltarem os pés, vou de joelhos
O que interessa é ir para não voltar
Cair torto e nu como viemos ao mundo
A cantar alto para ninguém escutar
Aquilo que vi ainda há pouco.
Ponto final nisto.

Parágrafo para começar
E eu ainda sem acreditar
Que foste tu que nos fizeste
Pergunta: Gostaste do que trouxeste?
Ninguém responde, porque tudo mudo

E eu não me calo, porque escrevo, agora em prosa porque de versos estou farto. Limita-me o espaço e eu preciso de espaço infinito, não mudo de linha sigo sempre em frente, nem olho para trás senão perigo de tombar e depois quem me ajuda?
Sou o único que fala, mas não me importo. Valho por muitos. Como disse ALA “Todos nós somos muitos” e eu acreditei. Todos nós somos muitos. Todos nós somos poucos para retribuir a quem nos criou. Por enquanto fico por aqui, porque se me adianto demais acaba-se o espaço e eu preciso dele infinito e eterno.

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